Lições que só as crises nos ensinam | Rodrigo Barros

0 Reflexão sobre a crise
25 August, 2015 at 1:31 pm  •  Posted in Todos os Posts by  •  0 Comments

O Brasil vive uma profunda crise de ordem política, econômica e cívica. Todos os setores da economia já sentem os reflexos da recessão. Empresas, líderes e investidores me perguntam: e agora, como empreender e crescer num cenário assim? Como navegar e inovar no turbulento e incerto mar da crise?

Sempre que uma crise eclode, seja ela motivada por fatores internos ou externos à economia do país, a maioria das empresas e dos investidores se retrai e tende a estagnar, com medo dos efeitos da recessão.

Ora, crises anunciadas, como esta que vivemos agora no Brasil, são ocorrências cíclicas do processo de desenvolvimento de qualquer nação. São efeitos em cadeia das decisões políticas tomadas pelos últimos governos, irradiações das crises internacionais, e também reflexos do grau de maturidade cívica de nossa população.

Devíamos estar mais preparados para as crises. Por que não estamos? Se as crises são cíclicas, precisamos entender como lidar com elas e aprender com as lições que nos ensinam.

Eu, particularmente, vejo a atual crise brasileira como um mal necessário para o amadurecimento da economia e principalmente da consciência cívica da sociedade. As lições que colhermos desse momento vão nos permitir construir um país mais maduro, menos movido pelo imediatismo e pelo egoísmo. Daqui a 20 anos, teremos um país melhor para se viver em termos de cidadania, e com certeza teremos um país melhor para empreender!

O que difere as crises que estamos acompanhando no Brasil e no mundo neste século das que aconteceram no passado é a velocidade com que se propagam. Seus efeitos se tornam cada vez mais velozes e sistêmicos, por causa do fenômeno da Globalização.

As crises são como terremotos em nossas zonas de conforto, nos impelindo a aprender, a mudar, a criar e inovar, só que cada vez com mais velocidade. O primeiro legado da crise é nos tirar da inércia!

Perante a crise podemos ter duas atitudes: olhar para sua cara feia e nos intimidar, recolhendo as asas, reduzindo os investimentos e demitindo pessoas, ou observar suas nuances para perceber as oportunidades que ela nos oferece e, assim, otimizar nossas forças, mediante a fragilidade e pessimismo que toma conta de nossos concorrentes mais conservadores.

Para mim, um dos reflexos da crise atual é que o mercado brasileiro vai passar por uma peneira; um rigoroso filtro. Muitas empresas que ganhavam dinheiro sem estar preparadas vão deixar de ganhar. E estar preparada significa ter um propósito nobre e estar conectado a ele, ter um processo de aprendizado constante e velocidade de adaptação, pensar no impacto no longo prazo e ter profundidade no que faz. Quanto mais específica for a empresa na solução que entrega, mais ela terá chances no mercado de fortalecer sua proposta de valor e se conectar com a sua audiência.

As empresas devem fomentar uma nova cultura, e criar um ambiente onde as pessoas possam colaborar e onde aprender seja a principal constante. Este ambiente será desenvolvido a partir de um novo modelo mental que permita que cada membro do time se torne protagonista daquilo que faz, sempre disposto a experimentar e aprender com seus desafios, e não somente executar fórmulas prontas. Este processo fará com que as pessoas desenvolvam e contribuam na construção de ideias e produtos que entreguem cada vez mais valor ao seu público.

Tecnologia e inovação são palavras de ordem para quem quer abraçar as oportunidades e aproveitar a apatia do mercado para crescer. Se o que você entrega não faz mais sentido, comece a fazer outra coisa!

E é bom lembrar que, após a crise, as empresas que permanecerem terão concorrentes que talvez ainda nem tenham nascido. Serão empreendedores que enxergarão oportunidades e criarão novas soluções incríveis. Você que esta lendo este texto pode ser um desses empreendedores; e se você já tem sua empresa, terá que oxigenar não somente seu negócio, mas sua mente e seu processo de aprendizado e inovação, para concorrer com eles.

Para levar: O que sugiro agora

Tenha um propósito que faça sentido para você e para o seu time, e se comprometa com ele.

Fortaleça sua cultura pautada em um processo de aprendizado.

Seja específico na sua proposta de valor e conquiste a confiança do seu público.

A crise abrirá oportunidades para novos líderes que irão emergir por estarem preparados e terem coragem: seja um deles!

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Fui turma, até a próxima reflexão! #HandsOn :)

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